O ser-humano é de fato um grande filho de uma rameira, não é mesmo?

Muito tempo atrás, eu li na revista Superinteressante sobre um estudo da universidade de Stanford nos anos 70 que consistia em dividir dois grupos de universitários em “presidiários” e “carcereiros”, depois deixar todos presos em um porão por dias e observá-los. O experimento, bastante macabro por sinal, provou algo nem tão surpreendente assim ao meu ver: no fundo, todos nós, todos nós mesmos, somos o capeta. Pra você ter ideia, o experimento teve de ser interrompido em seis dias por causa da crueldade. Os carcereiros simplesmente aproveitaram a ilusória posição superior para subjugar, humilhar e torturar os presidiários.
Na época eu me interessei bastante pelo assunto e até cheguei a pesquisar o tema, mas como a maioria dos resultados era em inglês (e eu tinha tipo, 13 anos) acabei me desinteressando. Na revista deste mês, eles abordam novamente o assunto, dessa vez divulgando um documentário sobre o experimento, com cenas reais e tudo (link do documentário, em inglês: migre.me/94Sqx).

Não assisti o documentário porque não tenho paciência pra ficar 5 minutos vendo um vídeo no youtube, muito menos 50. Porém parece ser bastante interessante e talvez eu veja outro dia, com mais calma. O fato é que o assunto voltou a me interessar.
Tipo, já foi cientificamente provado, cara. O ser-humano (ser-humano tem hífen?) é de fato um grande filho da puta. Para pra pensar no tanto de merda que essa racinha escrota já fez no mundo. E eu nem digo para o mundo, e sim para si própria. Genocídios por causa de preconceitos, genocídios por causa de religião, bombas atômicas, pessoas passando fome enquanto outras nadam em dinheiro. Que porra é essa mano? As vezes eu me pergunto: pode-se tirar algo de bom dessa merda?
Todo mundo tenta ser santinho e moralmente correto até o momento em que somos colocados a prova. Veja só por exemplo o furacão Katrina, que atingiu Nova Orleães lá em idos de 2005. Mano, o bagulho ficou louco, o negócio fedeu, a porra ficou séria! O que teve de nego roubando, saqueando, matando, chega a ser surreal. Até estupro rolou. Tudo isso porque o ser-humano tem a mania escrota de se aproveitar de uma situação de fragilidade do próximo pra benefício próprio. E isso aconteceu nos EUA, esse país todo desenvolvido e mimimi no qual nós, latino americanos tanto sonhamos. Imagina se isso acontece no Brasil? Até anel de defunto ia ser saqueado.
Vai dizer que você nunca fez uma maldadezinha com o próximo, mesmo que pequenininha? Claro que sim. Faz parte da nossa natureza, um instinto de sobrevivência presente em nós todos ao longo de anos de evolução. Já disse Darwin: o mais forte sobrevive. E é isso aí, chapa. Não tem como fugir do nosso instinto de filha da putisse. O jeito é ir empurrando com a barriga, tentar não fazer o mal aos outros, e ir levando até sei lá, até morrer.

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